Carro de boi ( A lenda viva do nosso sertão )
• Carro de boi ( A lenda viva do nosso sertão )
• Marcos Moreno / Ibitinga
• O velho carro de boi
• Agora vive abandonado
• Mas não distante ele foi
• O transporte mais utilizado !
• Era ele quem levava
• A população para o povoado
• E quando a tarde voltava
• Vinha de compras lotado !
• Quando a estrada era de terra
• E o sertão ainda era mato
• O cantador descia a serra
• Rasgando o “ arranha gato ” !
• E, a linda morena ficava
• Na janela a suspirar
• De longe ela avistava
• O carreiro que ia passar !
• Papai sempre contava
• Que vovô era um sitiante
• Com o gado ele se ocupava
• Era um homem importante !
• Tinha bom gado leiteiro
• E gado para lidar no arado
• Tirava dali o seu dinheiro
• Os bois: Moreno e Malhado !
• Fim de semana ele ia
• Comprar as coisas na venda
• O carro de boi “ gemia ”
• Em volta daquelas fazendas !
• Quem tinha um carro de boi
• Aparentava ter muita grana
• Por capricho vovô tinha dois
• Um só pro engenho de cana !
• Vejo ainda na parede
• Lembranças daquele passado
• Fico deitado na rede
• E o carro de boi encostado !
• Carro de boi ( A lenda viva do nosso sertão )
• Marcos Moreno / Ibitinga
( * ) A história do carro de boi no Brasil remonta os anos de 1549 quando Thomé de Souza, 1º Governador Geral, trouxe de Portugal Carreiros e Carpinteiros e já se ouvia o cantador pelas ruas de Salvador.
( ** ) Essa poesia foi feita à pedido do narrador de Rodeios, Soberano Junior !