Norte
Atrás do cinza, dos egos
maiores que os prédios
haja sorte
bem longe do concreto
onde o sol seja mais forte
onde o riso é o pão
onde o transito é a feira
onde a garoa vira seca
onde o protesto é festa
o café, acarajé
os faróis viram maré
o estado que os sapatos estão desempregados
As janelas de madeira
dão lugar aos vidros chatos
onde vivem empresários
nos departamentos de calculos
contas, saldos e extratos
no fim da tarde acabam em cigarros
O Norte
sim, eu quero o Norte
onde a terra é meu tapete
onde a alegria é a noticia
onde tristeza não é manchete
Onde o cacau é o meu chiclete