A SINA DO MUÇURANA EM ITAQUI
No bolicho do Ciroca
Na Chacra, o Muçurana
Se adjunta no balcão
Sorvendo goles de cana
E dali vai aos bolichos
Afogando desalentos
Mete versos de improviso
Alumbrando o pensamento
Martelinho no Saldanha
A quarta no Valmoci
Reforço no Velho Oscar
Se tanqueando no Itaqui
Sua voz enche as lonjuras
Com mágoas que vão rimadas
Que coração pesaroso
Decerto penas passadas
Retinto carão de negro
Pupila negra estocada
Da alva esclera do entorno
Na vista sempre embaçada
Muçuruna e seus malogros
São versos dados às esquinas
A passos de saltimbanco
Vai serpenteando sua sina
Uns guris jogam umas pedras
Gambeteia a muito custo
E ele vê que o mundo todo
Desde a infância é injusto
"Com sua gaitita de boca
Em melodias pampeanas
Tão pobre em seus andrajos
Tão rico na alma buerana
Dobra o sino dos recuerdos
Numa prece ao Muçurana"
No bolicho do Ciroca
Na Chacra, o Muçurana
Se adjunta no balcão
Sorvendo goles de cana
E dali vai aos bolichos
Afogando desalentos
Mete versos de improviso
Alumbrando o pensamento
Martelinho no Saldanha
A quarta no Valmoci
Reforço no Velho Oscar
Se tanqueando no Itaqui
Sua voz enche as lonjuras
Com mágoas que vão rimadas
Que coração pesaroso
Decerto penas passadas
Retinto carão de negro
Pupila negra estocada
Da alva esclera do entorno
Na vista sempre embaçada
Muçuruna e seus malogros
São versos dados às esquinas
A passos de saltimbanco
Vai serpenteando sua sina
Uns guris jogam umas pedras
Gambeteia a muito custo
E ele vê que o mundo todo
Desde a infância é injusto
"Com sua gaitita de boca
Em melodias pampeanas
Tão pobre em seus andrajos
Tão rico na alma buerana
Dobra o sino dos recuerdos
Numa prece ao Muçurana"