ANGICAL
Como é bom, sentar-se na varanda
Da simples casa de barro.
Ladeada por frondosas árvores,
E por feliz jardim natural.
Naquele ambiente rural,
Escutando pássaros canoros,
Na chuva e cheiro de mato,
Em manhã de semana santa.
Também vi, de um senhor, o rebanho
De carneiros a correr pelo quintal.
Corria ameaçando a plantação,
Pois havia escapado ao curral.
Logo, o pastor preocupado com tal mal,
Põe seu chapéu e, também, seus pés em ação,
E assim tange seus bichos em Angical,
Encaminhando para o aprisco aquele bando.
Da capela, bate o sino, o missionário,
Chamando para o culto, os fiéis,
Que acorrem para louvar Cristo-rei,
Em dia de lava-pés, bem no horário.
E o capuchinho, logo prega sobre a cruz,
Que pesou bem sobre o ombro de Jesus,
E do Mistério da Paixão, que o conduz,
Para que todos vejam, da ressurreição, a luz.
Na capela, ouvem-se hinos de louvor,
Da comunidade sobem preces de amor.
Assim, a estrada que perpassa Angical,
Torna-se via do reino celestial.
Igarapé – Grande – MA, 22 de abril de 2011.