Boiada
Vejo na estrada
A boiada passar
Deixando a poeira
Espalhada no ar
O berrante tocando
O vaqueiro aboiando
E o gado vai berrando
Sabendo que não vai mais voltar
Vou sentir saudade
Da vaca malhada
Da novinha enjeitada
Do boi da ponta quebrada
Manso!
Que eu podia montar
E para aonde vai esse gado?
Vai para o mercado
Deixar de ser gado
E apenas carne virar
Que alimenta o progresso
Em um retrocesso
Que não pode parar
E outras boiadas virão
Até o patrão
Cada vez mais
Rico ficar
Ele não pensa no gado
E nem no vaqueiro
Seu negocio é dinheiro
Para poder esbanjar