Boiada

Vejo na estrada

A boiada passar

Deixando a poeira

Espalhada no ar

O berrante tocando

O vaqueiro aboiando

E o gado vai berrando

Sabendo que não vai mais voltar

Vou sentir saudade

Da vaca malhada

Da novinha enjeitada

Do boi da ponta quebrada

Manso!

Que eu podia montar

E para aonde vai esse gado?

Vai para o mercado

Deixar de ser gado

E apenas carne virar

Que alimenta o progresso

Em um retrocesso

Que não pode parar

E outras boiadas virão

Até o patrão

Cada vez mais

Rico ficar

Ele não pensa no gado

E nem no vaqueiro

Seu negocio é dinheiro

Para poder esbanjar

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 18/12/2016
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