O pobre velhinho agoniza
Numa cama a resistir
A morte que se avizinha
Impetuosa ela vinha...
E a família reunida
Só espera o velho partir!
De repente o velhinho
Já não respira, morto está
Seu último folego coitadinho
Se misturou com o ar
Parecia um passarinho
Na hora dele passar
Grita alguém, ele já se foi
Todos correm pra olhar
Logo vem um la de dentro
É o Toninho Sarmento
Com o cordão de São Francisco
Para no morto depositar
Olha aqui, seu Aparicio
Eu coloquei sobre o Senhor
O cordão de São Franciso
Eu sou o José Pacifico
Aquele do armazém
Sou seu amigo melhor!
Outro também aparece
E mais outro e mais outro
Cada qual fala com o morto
E sobre ele joga o cordão
E vai se identificando
Sou o Zé , e eu sou o Julião
Eu sou o fulano de tal
Agora joguei o cordão
Não se esqueça seu Aparício
Desse pobre pecador
Fale de mim pra Nosso Senhor
Quando chegar no Paraiso!