TEMPO QUE DÁ SAUDADE

Era na hora do café... bolacha e muito pão,

sentados todos, à mesa, recitávamos a reza.

Tinha meu pai contando histórias daquela região,

dizendo... “ tempo... bom ... de apreciar a natureza...”

Tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça

e aos gritos... e... mamãe dizia: “- Vá na venda, meu filhinho,

comprar ovos, café e sal...e deixe de preguiça!!...

Fale para seu Manoel, escrever no caderninho!!”

Tinha uma cadeira la no cantinho da cozinha

e balançava de vagar, era minha querida avó,

proseando alguns conflitos de uma vizinha,

que trabalhava em olaria, e reclamava de estar só...

E então ela entoava: “-Tem gente que está chorando,

chora de barriga cheia, corre e pula e esperneia,

na frente de toda a Aldeia...Ela vive inventando

homem usa e sai falando, até de pessoa alheia.

regis costa
Enviado por regis costa em 14/07/2007
Reeditado em 21/07/2012
Código do texto: T564455
Classificação de conteúdo: seguro