rédeas soltas

silêncio reponta lembranças

extraviadas na saudade

crivado de esperanças

regato de sombra e claridade

o tempo conta sem pressa

desventuras e epopeias

e nada há que impeça

esta hodierna odisséia

sempre o mesmo o vento

a soprar pelas coxilhas

angústia que bate a esmo

tempos de vis partilhas

nas bordas do minuano

nos extremos da lida

ginete afrouxa as rédeas

confia ao flete a vida

os olhos sorvem do vento

o sabor da despedida

menino conta a história

e negaceia o destino

passado pleno de glórias

e o coração peregrino

uma vez foi centauro

e não esquece a altivez

minuano vincou no couro

poeira de brio e solidez

ser e história se enleiam

na planície, no corredor

nas ideias que semeia

o campeiro cantador