A TUNDA DA POESIA
Por Sandra Fayad
Eu tentei escrever uma poesia
que falasse de um amor desses... bem fera,
de uma paixão dessas bem massa,
daquelas que, quando a gente espia a pessoa lá adiante,
o coração dispara que nem foguete,
e quando a gente crava os olhos nos olhos dela
não consegue mais arredar nem no porrete.
Era pra ser um amor desses capaz de fazer o camarada
ter "sapituca" e rolar no chão de tanta paixão.
Mas não dei conta de escrever esse trem não.
Então...
tentei escrever uma poesia que contasse a história de um "caboco"
que todo ano, no tempo da seca, "campeava" sua boiada
lá das ribanceiras, na beira da estrada
pra beber água no Rio São Marcos.
No meu projeto, ele ia em pêlo que nem lagartixa
"em riba" do seu cavalo baio trigueiro...
"em riba" do seu cavalo baio trigueiro...
Aí eu larguei mão de "mexer cuisso"
porque achei "custoso dimais".
Depois, eu pensei...pensei...
e resolvi escrever uma poesia
que falasse das comidas do meu Goiás.
Você já comeu “maria isabel”? E galinhada?
Experimentou guariroba com açafrão?
E arroz com pequi, dqueles bem "marelado"?
Mas se você não conhece vaca atolada,
"num sabe di nada não!"
É "mió" que espiar gente pelada
pelo buraco da fechadura.
Dá um "foguim bão dimais da conta"!
Era tanto trem "bão pra contá",
tanta comida gostosa, tanto fuá,
que fiquei encabulado e descrente.
Achei que ia pelejar demais,
e dessa ideia resolvi também "apiá".
Quando é fé, eu senti um calorão.
Larguei mão do computador,
e pra não ficar mais enfezado
e arredar de mim aquele calor,
eu abri a "barguia", desci as "carça",
joguei a roupa toda no pasto
e pulei pelado no "corgo".
" Ah, nem!" Com poesia eu "andei foi de fasto".
Respeite os direitos autorais. Ao citar informe a autoria e a data da publicação. Peça autorização à autora para copiar.
Visite meu site: www.sandrafayad.prosaeverso.net
Por Sandra Fayad
Eu tentei escrever uma poesia
que falasse de um amor desses... bem fera,
de uma paixão dessas bem massa,
daquelas que, quando a gente espia a pessoa lá adiante,
o coração dispara que nem foguete,
e quando a gente crava os olhos nos olhos dela
não consegue mais arredar nem no porrete.
Era pra ser um amor desses capaz de fazer o camarada
ter "sapituca" e rolar no chão de tanta paixão.
Mas não dei conta de escrever esse trem não.
Então...
tentei escrever uma poesia que contasse a história de um "caboco"
que todo ano, no tempo da seca, "campeava" sua boiada
lá das ribanceiras, na beira da estrada
pra beber água no Rio São Marcos.
No meu projeto, ele ia em pêlo que nem lagartixa
"em riba" do seu cavalo baio trigueiro...
"em riba" do seu cavalo baio trigueiro...
Aí eu larguei mão de "mexer cuisso"
porque achei "custoso dimais".
Depois, eu pensei...pensei...
e resolvi escrever uma poesia
que falasse das comidas do meu Goiás.
Você já comeu “maria isabel”? E galinhada?
Experimentou guariroba com açafrão?
E arroz com pequi, dqueles bem "marelado"?
Mas se você não conhece vaca atolada,
"num sabe di nada não!"
É "mió" que espiar gente pelada
pelo buraco da fechadura.
Dá um "foguim bão dimais da conta"!
Era tanto trem "bão pra contá",
tanta comida gostosa, tanto fuá,
que fiquei encabulado e descrente.
Achei que ia pelejar demais,
e dessa ideia resolvi também "apiá".
Quando é fé, eu senti um calorão.
Larguei mão do computador,
e pra não ficar mais enfezado
e arredar de mim aquele calor,
eu abri a "barguia", desci as "carça",
joguei a roupa toda no pasto
e pulei pelado no "corgo".
" Ah, nem!" Com poesia eu "andei foi de fasto".
Respeite os direitos autorais. Ao citar informe a autoria e a data da publicação. Peça autorização à autora para copiar.
Visite meu site: www.sandrafayad.prosaeverso.net