PRESSÁGIO
O CÉU DE ESTIAGEM.
O ASSOMBRO DO VAQUEIRO.
O SOL NASCENTE EM SANGUE.
O VENTO ENCHE O MONDO DE POEIRA.
AVES NEGRAS VOAM LENTAMENTE.
O ASSOMBRO DO VAQUEIRO.
O SOL NASCENTE EM SANGUE.
O VENTO ENCHE O MONDO DE POEIRA.
AVES NEGRAS VOAM LENTAMENTE.
O CÉU TORNA-SE PRETO.
O VAQUEIRO OLHA O HORIZONTE
O SOL TREME EM SEUS OLHOS.
AS RESES ATOLAM SE NO CHARCO D'ÁGUA.
O CAVALO REFUGA O CHARCO
AS MÃOS CALEJADAS TIRAM O CABRESTO DO ANIMAL
O VAQUEIRO OLHA O HORIZONTE
O SOL TREME EM SEUS OLHOS.
AS RESES ATOLAM SE NO CHARCO D'ÁGUA.
O CAVALO REFUGA O CHARCO
AS MÃOS CALEJADAS TIRAM O CABRESTO DO ANIMAL
ELE PERMANECE INERTE
TODOS OS ANIMAIS CERCAM O VAQUEIRO
COMO UM ATAQUE DE ABELHAS.
O SOL POENTE EM SANGUE.
A NOITE CAI COMO UM PRENÚNCIO DE MORTE
O CACHORRO SE ENROSCA NOS PÉS DO DONO.
AS ESTRELAS COBREM UM CÉU PLÚMBEO.
O VAQUEIRO DEITA-SE SOBRE AS PEDRAS DO TERREIRO
ELEVA OS OLHOS AO CÉU E FAZ UMA PRECE.
UM RASGA MORTALHA RASGA O SILENCIO DA NOITE.
NA SOLIDÃO NOTURNA, O VAQUEIRO SOME.
TODOS OS ANIMAIS CERCAM O VAQUEIRO
COMO UM ATAQUE DE ABELHAS.
O SOL POENTE EM SANGUE.
A NOITE CAI COMO UM PRENÚNCIO DE MORTE
O CACHORRO SE ENROSCA NOS PÉS DO DONO.
AS ESTRELAS COBREM UM CÉU PLÚMBEO.
O VAQUEIRO DEITA-SE SOBRE AS PEDRAS DO TERREIRO
ELEVA OS OLHOS AO CÉU E FAZ UMA PRECE.
UM RASGA MORTALHA RASGA O SILENCIO DA NOITE.
NA SOLIDÃO NOTURNA, O VAQUEIRO SOME.