FILHOS DO MUNDO
No relento do chão molhado
um papelão o cobertor
a lua como acalento
e o barulho do vento
mandando ser sonhador.
A recusa social
a negação do emprego
a dúvida por companhia
a incerteza irradia
roubando assim o sossego
Um relâmpago enfurecido
um trovão assustador
um silencio, a calmaria
um romper de um novo dia
nova esperança aflorou
Um desjejum quando tem
uma sede de viver
é mais um dia passado
e no relento do chão molhado
tudo volta 'a acontecer.