Sobrevoo

Sobrevoando Marajó, 17 de agosto de 2015.

Voar é seguro discunforme.
Voar de teco-teco é mais ou menos.
Viver é perigoso como diria o Rosa.
Falo do Guimarães.
Sobrevoar os campos do Marajó é fascinante.
De um mar verde entremeado de ilhas de árvores.
Quem veio primeiro?
O campo?
A mata?
O medo?
O fascínio?
No princípio tudo era Marajoara, pensou o Criador.
O cavalo lá uma formiguinha a correr
O auge da liberdade.
As garças ticam de branco meu quadro.
O rio que continua.
O rio que morreu.
O lago que transborda.
A planície transborda
De belezura
De uma campina a perder a vista
De uma reserva por quê não para a humanidade?
Mas lá não tem ouro
Mas tem esperança
Tem vida
Tem universo
Logo, tem infinito.
Logo, é para sempre
No meu olhar
Queria que também estivesse no seu.

E um caxixi a musicar na cachola
Fim de passeio.

Teco-teco voa voa
Lá vem Chaves numa boa
Abre os braços Amazonas
Que teus campos me abençoa
Pousa pousa aviãozinho
Vê se pisa com jeitinho
Te arreda cachorrinho
TUM -TUM
VRUUuuumm...

Por isso que prefiro os barcos.
É-gu-á...