FORTALEZA
FORTALEZA
Canto pra ti este poema, oh! cidade mais que bela
Tens a força deste tema que para o mundo se revela
Beija suave o verde mar da prosa poética de Alencar
Afaga ondas a quebrar em sons que fazem acalmar
Exala perfume de alfazema, vem da moça da janela?
Talvez seja de Iracema, morena índia cor de canela
Coisa mais linda não há... nascer do sol à beira mar
Tem história pra contar, a começar pela Barra do Ceará
Tendo Moreno a colonizar, no Pajeú fez o forte levantar
Confederados com seu lema, o Império manda pra cela
Então vem o dilema, morte como exemplo pra cidadela
No pé do Baobá todos os mártires, mandaram executar
Hoje o Passeio a relembrar, fato heroico que faz honrar
Coisa mais saudável não há... caminhar à beira mar
Com a força do Dragão acabou mais cedo a escravidão
No espírito do pão fez moderna literatura em profusão
Mais tarde a Nova Padaria reuniu amigos em confraria
A celebrar com aprazia a continuação da antropofagia
Em recente criação, Pessoal do Ceará mostra canção
Arte e cultura na inclusão da linda cidade de Assunção
Coisa mais prazerosa não há... fazer amor à beira mar
Na singular topografia os bairros ganharam sua primazia
Aldeota e Mucuripe noite e dia, são cantados em poesia
Parangaba em projeção, no de Fátima a maior procissão
Messejana é atração para turismo de praia em ascensão
A do Futuro causa euforia, a do Meireles trás boa energia
Nas barracas intensa alegria, é vida em perfeita harmonia
Coisa mais encantada não há... o luar à beira mar
Terra de luz abençoada, pelos cearenses por demais amada
De povo tão camarada que construiu uma cidade encantada
Onde minha mãe nasceu e minha filha encontra seu apogeu
Outra vida renasceu quando a natureza mais chance me deu
Por isso a homenagem esmerada a esta cidade tão elogiada
Depois da longa jornada é nela que eu quero a eterna morada
Coisa mais deslumbrante não há... o pôr do sol à beira mar
Marco Antônio Abreu Florentino