ÊTA CAFEZINHO BOM
Sempre gostei de bom café
daqueles colhidos no pé
depois, torrados no fogão.
Não desses com senha,
dos fabricados na lenha,
tinha na casa do Damião.
Que ficava ali sentado
tomando uma, sossegado,
depois suava no pilão.
Olhado montes sem fins,
avistava o Pico de Marins
na cidade de Delfim Moreira.
Conheço um poeta de lá,
fica pertinho de Itajubá
na Serra da Mantiqueira.
Não vê mais pirilampos,
mora em São José dos Campos,
não conhece mais pitangueira.
Falando novamente em café
saudade de Maria da Fè,
foi uma fase tão bela.
Marmelópolis sem igual
da Barra e do Morangal,
veio de lá, Paulo Costella.
Uma região tão bonita
traz saudade infinita,
não me esqueci dela.