Torres, do chão aos céus
Certa vez no final de abril, início de maio,
Surgiu no céu e não era raio.
Era algo grande que vinha de uma fronteira,
Onde fartura e lindeza
Era a mesma que verduras em feira.
Onde a terra olhava para o alto,
Tentando enxergar o paredão verde.
Que de tão boquiaberto,
Ficava com muita sede.
Mas do que adiantava um mar exuberante?
Se só tinha sal e navegantes?
Foi então que acharam um isolado pedaço de chão na água que não matava sede,
Era uma ilha, não uma cidade,
Tinha lobo, mas não tinha peixe.
Porém o que seria daquele gigante, que passava por cima de tudo...
Que não tinha medo de altura, muito menos de fogo?
Só sei que não estava satisfeito
Com o comprimento dos três morros.