Flor-ir
No jardim uma flor
E na vida amor
Na paisagem marcas
Das serras e máquinas
Que degradam a harmonia [das matas]
Para gerar mercadoria
Evidencia-se a agonia
Presencia-se
Horrores
Que a modernidade carrega
Acarreta
Em nome do sofisticado progresso
Técnico
Que deixa marcas indeléveis
De destruição fatal
Na imensa beleza
Do nosso mundo natural
E o beija flor
Sente-se com a ausência
Do jardim e da flor
Ai de mim
Poder flor-ir.
Tereza de Jesus R. Oliveira