MINHA ZONA DA MATA
Se lá no Pajeú tem Poeta
na Zona da Mata tem também
na do Norte, do Centro e do Sul
se escuta verso como ninguém.
Não querendo competir
mas na verdade há de se convir
na cultura pernambucana se respira
prosa, versos e estrofes que tanto me admira.
Respeito muito o Pajeú
compartilhando meu regozijar
gosto muito e dou valor
aos versos que vem de lá.
Mas aqui quero falar
dos oito mil e lavai os trem rodeados de cana doce
de um povo que sabe lutar
que apesar dos desafios ainda vivem a sonhar.
Lembro que em Camutanga, Itambé, Ferreiros
e Macaparana, Timbaúba, Condado e Aliança
moravam as faceiras da minha andança
de onde vinham cartas e versos atirados como morteiros.
Lembro de Vicência, Goiana e Buenos Aires,
Nazaré da Mata e Tracunhaém, Carpina e
duas Lagoa, uma do Carmo e outra de Itaenga
com coragem e sem medo um Paudalho que nunca se penga.
Glória do Goita, Chã de Alegria e Chã Grande
das planícies embelezadas,
Pombos e Vitória de Santo Antão
Tem cachaça da boa enraizada.
Primavera, Amaraji e Cortês tem véu em cachoeiras
é terra bonita como as moças de lá,
Escada, a minha terra, da minha infância me faz lembrar
banhos de rio e aventuras, que num Ribeirão ficava a imaginar.
Gameleira e Joaquim Nabuco tem portal pra se entrar
uma é do Marquês de Olinda,
a outra do abolicionista
que gostava de versos escutar.
Sirinhaém, Rio Formoso e Tamandaré
é litoral de se admirar
Barreiros também tem mar bem verdinho
mas um São José da Coroa Grande vive a reinar.
de Palmares eu não posso negar
a origem do meu nascimento,
Belém de Maria e Catende
tem friozinho da mata como acalento.
Água Preta tem vaquejada e mulher pra se admirar
Xexéu tem cabras da peste e história pra contar
em Jaqueira, Maraial e Quipapá o bom é gastronomia
finalizo em São Benedito do Sul com paixão e harmonia.