Raízes

 

Por fim  tudo era poesia
os primeiros sinais foram vistos

no canto da seriema

o fonema mais bonito


Depois a sonoridade

estaria no barulho das águas,

ventania, trovoadas

 
Não demorou 

e os versos alcançaram

o verde e maduro

das lavouras de café
 

e foi nascendo poesia

floresceu junto às roseiras,

hortaliças, laranjeiras
 

Aos poucos era comum

ver versos em noite escura

misturados às estrelas

voando entre vagalumes

 O tempo passou,

a poesia mudou, se refez
mas sempre virá  da raiz,

onde a rima foi vista

pela primeira vez

Maria do Carmo Fraga (Mariana Mendes)
Enviado por Maria do Carmo Fraga (Mariana Mendes) em 02/08/2014
Reeditado em 03/06/2024
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