contemplação

Eu contemplo o que não é óbvio.

As marcas do templo, a exatidão das águas,

o canto dos japiins, o alimentar dos tracajás

e o florescer das vitórias régias.

Sou um cidadão amazônico,

acostumado em tirar prosa

com o majestoso garantido,

boi da baixa do São José,

com um coração vermelho na testa,

encanta o mundo com o bailado da cunhã poranga

e a saga do pajé curandeiro.

Salve essa nação da epidemia do boi contrário

vinda pela fonte da vida.

Velhos guerreiros mundurucús,

semi nus embalam o canto das matas,

pedidos de proteção ao nosso curral.

De vermelho vou brincar de boi bumbá.

Alexandre Danel
Enviado por Alexandre Danel em 28/07/2014
Reeditado em 29/07/2014
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