TROPEIRO SAUDOSO

Um mate amargo campeiro

Sorvido à frente da estância

Pelo velho e guapo tropeiro

A lembrar seu tempo de criança!

Filho não vai para a sanga

Olha que lá tem cruzeira

Filho não vai na cacimba

Ela é perigosa e funda!

Filho não vai para a cidade

Aqui é a felicidade

Olha o sol no fim do dia

Olha a noite estrelada

Deus pinta para nós

Um horizonte a cada dia!

E os olhos do velho tropeiro

Já mareiam sem querer

É por conta da saudade

De reviver as lembranças

Do seu tempo feliz de criança!