Mórbida Metamorfose: 2014, Odisseia Da Cidade
Tudo é eterno presente
Na odisseia permanente
No aqui e agora dos mil
Mistérios esquizofrênicos
Na cidade dos impostos
Transitam os rostos sem
Faces na city mistérios
Do povo amarelo naacal
Sol e lua desapareceram
Do horizonte. Astros e
Estrelas atraem-se sob a
Influência deletéria do
Caos. Versos paralelos
Separados pela teia
Invisível de infinita
Reciprocidade. Efeitos
Transparentes, paisagem
De seres aqui e além do
Espectro sensitivo dos
Sentidos sextos, sétimos
E a oitava notação da
Música espectral tenta
Harmonizar a ação das
Esferas no mundo astral.
Todo tempo no acontecer
Presente gerações paridas
Do engenho naacal. Fetos
Crescem nos guetos da
Cidade supostamente
Administrada. Políticas
De vezo tacanho protegem
Os sepulcros caiados da
Cama mesa e banho. Nos
Bancos contam-se os
Ganhos. O mercado clama
Por participação maior. A
Larva chama a borboleta
O casulo se faz trans, trans
Formação. Caminhando e
Cantando e seguindo a
Canção, cega a multidão
Trafega na cidade Babel
A Babel dos impostos sega
Errante e plugada na febre
Bárbara “de menor”. Ela, a
Política ceifeira ameaça
Dosar água nas torneiras
Até os apartamentos mais
Chiques da cidade usura
Nivelam-se à pobreza e a
Indigência do conjunto
Habitacional Pingapura.