BRASIL, BRASILIA
BRASIL, BRASÍLIA
DE UM LADO BRASÕES DE OUTRO PEQUIZAIS.
JUSTIÇA, SAÚDE, MEIO AMBIENTE, EDUCAÇÃO, PREVIDÊNCIA, LEGISLAÇÃO, CONGRESSO, PROGRESSO, REGRESSO... TANTOS OUTROS NA MESMA PISTA ONDE O PÁSSARO DE AÇO DE OSCAR NIEMEYER, PROJETADO, ALADO E INERTE ASSISTE TANTOS VOOS.
TODOS CAMINHAM JUNTOS, PARALELOS ÀS ASAS DO AVIÃO DE PLANOS PILOTADOS.
PARE O NOÁ QUE EU QUERO PASSAR POR ESSE ALAGADO DE REPRESAS ONDE MANSÕES NAS SUAS MARGENS ESCONDEM AS RAÍZES SECAS DO ARATICUM.
A NOBREZA DO CÉU QUE ESFRIA A NOITE DE BRASÍLIA SE ASSEMELHA A NOBREZA DOS PALÁCIOS QUE NÃO AMENIZAM AS DORES ATRASADAS DE UM POVO QUE ESPERA. O PISOTEIO NA GRAMA QUE ASSISTE DE BAIXO OS PROTESTOS, ORA SÁBIOS, ORA SEM UM PINGO DE ESSÊNCIA É A ÚNICA CERTEZA DEMOCRÁTICA QUE FICA. REIVINDICAR, AGUARDAR, REIVINDICAR, AGUARDAR... “BADERNAR”
E A CAPELA? AH! A CAPELA!
ESSA, POR SUA VEZ, DE PONTAS AMARRADAS A PARTIR DA IDEIA DE OSCAR, RECEBE AS MAIS VARIADAS PRECES DOS SEUS VISITANTES OPORTUNOS E ÀS VEZES FIÉIS.
NUM LAMENTO OU LOUCURA, ESPERANÇA OU OUSADIA A CIDADE GRUDADA NO TORRÃO DO PLANALTO CENTRAL ONDE OUTRORA O CAPIM GORDURA REINAVA, SOBREVIVE ÀS NORMAS DE CADA REPRESENTANTE DE TRIBOS LONGÍNQUAS.
ASSIM BRASÍLIA CAMINHA COMO SE NADA TIVESSE ACONTECENDO. ESQUENTA-SE DURANTE O DIA COMO PANELA DE BARRO AO FOGO DE LENHA DE AROEIRA. À NOITE, SE REFRESCA NOS VENTOS. VENTOS QUE PROCURAM MONTANHAS E SE DISPERSAM ANTES DE ENCONTRA-LAS.
BRASÍLIA DE TODOS OS BRASIS, FORTE E DESTEMIDA RECEBE A COPA E SE ENCOPA MAJESTOSAMENTE NUM ESTÁDIO MANUEL CORRUÍRA DE PENAS DA COR DA TERRA. UMA PENA! NÃO VERÁ SEUS CANARINHOS COMEÇAREM O JOGO. PAPO FEDERAL.