Monjolo d`água
Numa fazenda velha,
pilão batia,
socava dia e noite, noite e dia,
marcando o tempo de uma vida que iria,
iniciar a luta de mais um dia.
O tempo que vai num tempo que vem
marcando a hora dessa paixão,
no vai e vem das águas, suave murmúrio
belas canções, ao raiar do dia,
abastece a vida, doce lembrança.
Monjolo, pilão de pau, bate pilão
alimentando a jovem d`uma leve paixão,
soca milho,arroz, café,também alimenta a
esperança de menina que chora, como criança.
Lá vem ela correndo ao encontro,
de um dia que começa, iniciando o canto,
daquele que trabalha, movimento constante,
Monjolo de pau, monjolo d`água,
acolhe a donzela, cheia de mágoa.
O dia termina soca pilão !
Menina, socorre! correndo aos seus pés,
na cabeça se esconde, o suor das tranças,
de menina que vive, uma doce lembrança.