Villa Cândida
Villa Cândida, casa da família Terra,
Demolida em 1997 pelos incultos da terra,
Para à construção de um “shopping” de merda,
Pois na Villa Cândida morou o cronista Antônio Terra.
Villa Cândida, tu ficaste muito tempo
Em frente à praça Santo Antônio
Desamparada pelo descaso,
Que pôs o fim a ti, diante do desconhecimento.
Villa Cândida, casa do cronista
Das folhas de papel;
Bem poderia ser a Casa da Poesia,
Dos poetas dos versos escritos ao papel.
Enfim, lá se vai a Villa Cândida,
Diante dos oriundos olhares de tristeza,
Perante uma cultura perdida,
Destruída por incultos da vida.
Lá se foi, Antônio Terra...
Lá se foi, o cronista da terra...
Lá se foi, a Villa Cândida...
Lá se vai, a cultura de nossa história...
Lá ficam, os olhares de tristeza...
Lá fica, um “shopping” de merda...
Lá fica, uma crônica e compulsiva poesia...
Lá se vai e fica ao mesmo tempo, o cronista e o poeta...
04/06/00
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1 O poema “Villa Cândida” é recitado no relançamento do livro de crônicas de Antônio Terra, pelo membro da Academia Cabofriense de Letras e diretor do Jornal de Sábado, José Baptista Correia,que
leu o poema do poeta, em que encantou o sobrinho do saudoso Antônio Terra, Antônio Paulo Terra
Ruckect em 01/09/03. Graças a esse poema nasceu uma amizade entre o poeta e o escritor Antônio Paulo Terra Ruckect.
*Poesia publicada no Jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ.