Chuvas de Verão
Quero ver os meninos a correr os terreiros
Brincar de ciranda na sombra dos cajueiros,
Colorindo de verde a íris dos pequeninos,
As matas verdes em pleno verão vespertino.
A lua fechada em seu grande círculo, prenunciar um céu
E logo se formar nuvens alvacentas ao cair do véu,
Foi-se tomado de um tenebroso cinzento
Sóbria tarde outonal, a noite chuvosa caia nevoenta.
As esperadas águas de Março enfim chegaram,
Das nuvens pesadas raios e trovões coléricos desabam
Dava aquela terra alegrias sem par
Ao ver os rios, cacimbas, represas e açudes, rebentar.
Aquele povo não tinha medo de trovão,
Era uma doce música o barulho da chuva no chão
Que a todos agradava e nada importava,
Se Deus muito aquele povo castigava.