Ranzinza astronauta
Dá-me água de chocalho
Chacoalha feito traque
Maçã de Chapéu-vermelho
Pois a ti, jugular e alho,
Vens véu e grinalda, vou fraque
Feito meia-volta volver,
Salve, salve, um tiro de canhão
Ao café, pamonha, queijo coalho
Da feira ilustre da paixão
Em áureos anos, meu filho...
Queira eu estar ficando velho
Não somar passos sob o chão,
Prefiro cultivá-los nesse vão
Do cosmo ilustre, a voar,
Quanto mistério, falta ar,
Renasça fogo... chama mãe!
É cachaça e café forte
Pára bomba, não pára... avante!
E se foi... porque, meu pai?
Cumpriu-se sentença ao norte
Enguiçou motor, desmiolado!
Vai buscar bom bocado,
Ébrio cabeça de fósforo
Fumega feromônios
E me traz uma fera
Para acalmar-me os neurônios!
Niedson Medeiros, 22 de janeiro de 2014