Sertão do meu Coração!
Minha alma sertaneja,
Suspira de saudades,
Do sertão que ficou distante,
Do meu povo tanto amado.
A seca racha a terra,
Amolece os corações,
Sua gente vai se embora,
Abandona a solidão.
O sol castiga,
A chuva não chega,
O gado com fome perde a vida
E a semente não brota.
Mas o caboclo persistente,
Acorda de madrugada,
Lança mão na ferramenta,
Vai longe à busca de alimento.
A família tem sede tem fome,
O homem valente não teme,
Com os olhos da esperança,
Enxerga o verde chegando.
Grande e desafiador,
O sertão Brasileiro,
Prende o sertanejo em seus braços
Na esperança do seu regaço.
A miséria lhe parece colheita farta,
Senhor! Molha o chão do meu sertão!
Ouça seu grito de socorro,
Enxuga a lagrimas do meu povo,
Por misericórdia estenda-lhe a mão.
Luzia Ditzz
Campinas, 19 de dezembro de 2012.