Cantiga

Um barco cruzando o rio.

Um remo solto sem asas.

A terra ardendo no cio

E o sol crepitando as casas.

A cara parda do povo.

A ponte, o rio, a estrada.

Calor de um abraço novo

No frio da madrugada.

Pupunha, abiu, tucumã.

O negro brilho da mata.

O arco azul da manhã

E o amor que arrebata.

Festa, bailar, cantiga.

Sussurro azul da floresta.

Manaus, cidade amiga!

Meu peito inteiro é festa.