COREAÚ

Ó vale outrora verdejante;

Do voo rasante do urubu;

Ó terra de pássaro errante;

Do último sopro do boi-zebu.

Ó várzea um dia deslumbrante,

Povoada pelo intrépido Arariú,

Das palmas do negro retirante;

Da fazenda do riacho Coreahu.

No horizonte, a silhueta da serra;

Em setembro, há aroma de caju;

O algodão se foi, restou na terra:

A carnaúba e o voar do sanhaçu.

Torrão de tanta história passada,

De gente que vaga de norte a sul,

Que um dia se foi na tua estrada,

Mas nunca esqueceu teu céu azul.

Eliton Meneses
Enviado por Eliton Meneses em 15/12/2013
Código do texto: T4613148
Classificação de conteúdo: seguro