CHUVAS DO SUDESTE

E o pó se transforma em lama
a chuva aqui não e coisa rara,
aceito, não moro no Atacama
e estou muito longe do Saara.

Se pudesse, essa água dividiria
uma metade do que cai aqui,
para não molhar minha poesia
envio um tanto para o Quiriri.

No céu, não vejo o azul celeste
aceitamos, aqui ninguem protesta,
que caia a chuva no meu Sudeste
traz o verde ao campo e a floresta.

Para a natureza a chuva tem valor
fenômeno que não podemos impedir,
nem reclamo no meu rancho o bolor
mesmo ficando sem roupas para vestir.

Traz o verde e renova a plantação
traz viço, para roseira e cipleste,
sobem os peixes pelo ribeirão
seja benvinda, chuva do Sudeste.

 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 02/12/2013
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