ÁGUAS DO PRATA.

ÁGUAS DO PRATA.

Aquele rio que deflui por entre as matas

Nasce nas encosta dos montes em um recanto

Verte em um rochedo águas cor de prata

Águas do meu doce tempo de encanto.

Ele serpenteia incessantemente cheio de graça

De remanso em remanso entre os arvoredos

Mansamente leva por onde passa

Minha longínqua infância de segredo.

Aqui e de lá bem distante

Sem encantos, desnudo de matas.

Os rios correm moribundos e ofegantes.

O rio que por mim passou errante

Deixou saudade, levou lembranças em seu fulgor de prata.

E na solidão de suas matas ficou... Meus tempos de infante.

Pedro Ferreira Lima
Enviado por Pedro Ferreira Lima em 05/11/2013
Reeditado em 25/02/2014
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