ÁGUAS DO PRATA.
ÁGUAS DO PRATA.
Aquele rio que deflui por entre as matas
Nasce nas encosta dos montes em um recanto
Verte em um rochedo águas cor de prata
Águas do meu doce tempo de encanto.
Ele serpenteia incessantemente cheio de graça
De remanso em remanso entre os arvoredos
Mansamente leva por onde passa
Minha longínqua infância de segredo.
Aqui e de lá bem distante
Sem encantos, desnudo de matas.
Os rios correm moribundos e ofegantes.
O rio que por mim passou errante
Deixou saudade, levou lembranças em seu fulgor de prata.
E na solidão de suas matas ficou... Meus tempos de infante.