Casebre
Da janela bonita moça,
Sorri à senhora de laço e trouxa!
Ao vento frouxo que enlaça.
Da escada à porta um vaso a canhota,
Livrando do mal, que ali se encosta...
Livre a tina, que traz a agua da mina em poça.
Da casa vista de madeira posta,
Vê-se o monjolo que esmaga e torce!
E o moinho de vento em toque.
Dos fundos à frente a casa pertence,
Ao vento vindo de toda a gente!
E o astro luz, de um tempo quente.
E a casa...
De telha parelha sobre o topo madeirado,
Janelada ao lado e meada a porta!
De escada curta, para curta volta.
E o quintal...
De terra vermelha, de galinhas e frutas,
De milhos em bandeiras, de café em bane...
O gado inspirado ruminando cana.
E a senhora...
De veste longa e sandália baixa!
Liza o cabelo e o prende a ponta,
Sorrindo ainda, a janela nossa...
........... " Catarino Salvador ".