ROSA
Em meio a galharada
ao lado da calçada
um pedreiro percebeu,
próximo de um regato
no meio de tanto mato
um pé de rosa nasceu.
Quando o tempo te sobrava
daquela planta cuidava
aos poucos ela cresceu,
nem que fosse um minutinho
ele, a olhava com carinho
era um passatempo seu.
Quando a geada prometia
a planta, ele cobria
para ela nunca morrer.
Nas tardes do mês de junho
lá ia, com lona em punho
sua plantinha proteger.
Tudo em volta queimou
todo o verde a geada matou
so a roseira sobreviveu.
E o pedreiro sorridente
a olhava todo contente
e dizia-Voce não morreu..
A época, não me lembro,
creio que foi setembro,
o pedreiro adoeceu.
Não sei que data era
mas,chegando a primavera
a roseira floresceu.
O que causou estranheza,
talvez ,erro da natureza,
uma geada aconteceu.
Da planta sem protetor
não restou nenhuma flor
folhas e caule, derreteu.
Algum tempo ja passado
o pedreiro recuperado
para lá caminhou.
A roseira foi procurar,
ficou triste o seu olhar,
so o tronco restou...
Mas no mato ressecado
onde tudo foi queimado
o pedreiro encontrou,
um galho a escondida
que ainda tinha vida
devagar ele puxou.
Foi tremendo de emoção
que pegou uma rosa e um botão
era o presente seu....
ajoelhando ali sozinho
disse ao tronco com carinho...
-Voce...não me esqueceu....