Deus, o mate e eu

Chimarreando só

Passo a perna na saudade

E busco a simplicidade, no aconchego do lar

De modo que, ao relembrar, as aventuras que tive

Sinto o amor que ainda vive

No meu peito a viajar

Passeio nas avenidas

No campo e na cidade

Bem longe da falsidade

Que ronda nosso rincão

Me basta um bom chimarrão e as amizades que cultivo

Para cada mate um amigo

Prá cada sonho um tostão!

De cuia em cuia eu me sirvo

E da vida não me despeço

Vez por outra se tropeço

Não caio no desespero

Mas, se me vejo no entrevero

Busco Deus, Nosso Senhor

Que de bom, só o Criador

E o mate amargo que encilho.

(Edna Lautert - jornalista e vice-presidente da Academia Santo-angelense de Letras)

Edna Lautert
Enviado por Edna Lautert em 03/04/2007
Código do texto: T436738
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