O vaqueiro e o boi brabo
Vou domar esse boi
Agarrar esse boi
Segurar pelo rabo
Derrubar esse boi
Ele é muito brabo
Sou peão, sou vaqueiro
Eu sou lá do Sertão
Profissão sem vaidade
Sei lavrar com vontade
Fazendo calo nas mãos
De manhã, com o sol
Eu acordo cedinho
Fogão à lenha, abrasado
Fervendo àquele café
A tomar bem quentinho
Faço as minhas orações
Para a Nossa Senhora
O gibão vou vestir
No cavalo ligeiro, vaquejar
Sair pela campina sem hora de voltar
Na fazenda do patrão
O boi brabo vou laçar
Esse boi é muito macho
Mas dele eu não desfaço
Sem dever o machucar
Na mata fechada vou correr
Por entre flores e espinhos
Mas o meu prêmio virá
Após calor e sede passar
Por dificuldades no caminho
Atrás do boi brabo, comi poeira
E no ramo da catingueira
O boi brabo se enroscou
Berrou, saiu, correu
E mais alto que o mourão, ele pulou
Perto desse boi brabo
Dá mesmo medo chegar
Mas com fé e motivação
E com Deus no coração
Esse boi eu vou pegar