Rios

O Gonzaga já cantou

Falou de sua importância

Das águas que eles têm

E águas com abundância.

Pernambucano de rocha

Entende o que eu tou falando

Dos rios que aqui passam

E alguns tão já secando...

E quando a chuva descer

Do São Francisco ao Ipojuca

Basta encher um pouquinho

Pra ficar tudinho de bituca.

Um dos meus sertões queridos

Não recebe o nome em vão

Tem o rio Pajeú, e desse oásis

Sertanejos, as lágrimas consolarão.

Rio Una maravilhoso

De águas tranquilas, paradas

Nos lugares que ele passa

A sede é saciada.

O Capibaribe corre no nosso Recife,

Um rio no litoral?

Pois é, mesmo com tanta água

É capaz de nós morrer, só bebendo água com sal.

Quantas coisas desses rios

Nós podemo falar

Promessas e mais promessas

Mas só ouvimos falar.

Anos e anos passaram

E aqui nada mudou

Promessas e mais promessas

E a seca ainda não findou.

O gado morre de sede

A asa branca voou

Por falta de água aqui

Nem Carniça pra urubu sobrou.

Águas e águas rolaram

Enquanto viveu Gonzagão

E ainda depois de morto

Nada mudou no sertão.

O sertão te muita sede

De ter água à vontade

E da seca, por sua vez

Não sentir nem saudade.

Vou me embora de á pés

Sem nem nos riachos parar

Sabendo que todos rio

Vão bater no mei do mar.

Lucas Mota
Enviado por Lucas Mota em 15/05/2013
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