Pomar
Agora, lá daquela nuvem
minha estrela treme e desaba,
e bailam na noite outras cem
enquanto do chão o que é que vem,
senão um doce cheiro de goiaba?
Ressoa algazarra na lembrança:
na vida que andou invadida de criança
e exalou perfume, a estação entretém
num pomar de manga ou jabuticaba
o menino chupando que não se acaba.
Dá no passado, quando condiz o bem,
branda regalia dos que decorreram sem.