Pressa
Pressa
É o que tenho dentro do estomago
É o que impulsiona
Quem esqueceu o que fazer o que
Não deveria fazer ontem, mas fez
amanhã
Pressa
Que corre no pequeno pedaço de terra
do meu coração
Pressa que invade o sertão de meus
passados
E passa como se nada houvesse sido
O sido semântico sem sentido embutido
na pressa
Imbuído na próxima remessa
Dos olhos que já não podem enxergar
Pressa que mata numa rapidez
Frenética, e nem quer saber
Quem matou.
Não temos tempo para tanta sapiência
Enquanto a ciência
Pede paciência para um tempo que já
não foi.
O noutro momento pede:
“Fale certo, meu eu senhor”
Vida tão curta essa
Tem-se mesmo que se ter pressa para
Para não cair nessa de
“fale sem pressa”
Sobre a felicidade que não lembro de
Viver e a vida que não lembro
De morrer.