Índio Matis. Terra Indígena Vale do Javari. Amazonas, 1985. Foto: Philippe Erikson
Amanajé
A vida nos laça
meu bravo guerreiro
o tempo nos caça
como bicho feroz.
Com arco e flecha
coragem e raça
a alma é tocha
é garra e luz.
Nas matas, o norte
tacape na mão
desbrava a morte
guerreiro irmão.
Tamoios, Aimorés
e Nação Tupí,
dança o Toré
exalta Jací.
Pesca Guarací
com seus puçás
nutri curumim
com viva angá.
Oh bravo auá
sobrevoa o mundo
com lança em punho
liberta eçá.
*
Auá: homem, mulher, gente, índio.
Angá: afeição, ternura.
Amanajé: mensageiro.
Curumim: criança
Eçá: Olho. Os olhos. Ver. Espiar.
Guaraci: O sol.
Jaci: A lua
Puçá: de rede de pesca para siri ou camarão.
Tupi (1): povo indígena que habita(va) o Norte e o Centro do Brasil, até o rio.
Toré : Dança indígena
(Antologia 1000 poemas para Gonçalves Dias)
A vida nos laça
meu bravo guerreiro
o tempo nos caça
como bicho feroz.
Com arco e flecha
coragem e raça
a alma é tocha
é garra e luz.
Nas matas, o norte
tacape na mão
desbrava a morte
guerreiro irmão.
Tamoios, Aimorés
e Nação Tupí,
dança o Toré
exalta Jací.
Pesca Guarací
com seus puçás
nutri curumim
com viva angá.
Oh bravo auá
sobrevoa o mundo
com lança em punho
liberta eçá.
*
Auá: homem, mulher, gente, índio.
Angá: afeição, ternura.
Amanajé: mensageiro.
Curumim: criança
Eçá: Olho. Os olhos. Ver. Espiar.
Guaraci: O sol.
Jaci: A lua
Puçá: de rede de pesca para siri ou camarão.
Tupi (1): povo indígena que habita(va) o Norte e o Centro do Brasil, até o rio.
Toré : Dança indígena
(Antologia 1000 poemas para Gonçalves Dias)