Sol do Maranhão

De todas as raças, crenças e cores

Fortaleço-me com o rubro sangue negro

Terra dos encantos de serpente

Sou paixão ardente, motivação e calor

Emblemático feitiço da ilha do amor

Eu sou o Sol do Maranhão e estou,

Na chuva, nos rios, lagos, cachoeiras e no oceano

Acendo-me muito mais a toque de tambores

Origem página íntegra da cultura francesa

Lampejo de emoções brasileiras de muitos amores

Solar das Chapadas do Sul às Baixadas Ocidental e Oriental

Do Gurupi ao: Pastos Bons, sob todos os tons

Do Baixo Parnaíba à Imperatriz, e Baixo Balsas, temperada raiz

Atravessando o Alto Munim, Pindaré e Mearim

Itapecuru, Médio Mearim, Alto Itapecuru, Grajaú e Alto Mearim

Reação calorosa dos povos comuns e indígenas

Estou no terral tropical ostentado por estrangeiros

Mas aqui eu cheguei primeiro

Quente de vontades para defender

As maldades tentadas ao teu povo guerreiro

De São Luís ao menor lugar, quando é noite, teto lunar

Clareando rua com luz prateada refletida minha

Traços culturais banhados de esplendor

Até que chegue a sombra da madrugada

A me fazer um eterno sonhador

Sou radiação maranhense fervente em tudo

Veemência que ilumina campos, vales, lençóis

Mangues, e o que restou da floresta amazônica

Presença nas revoltas e na paz, vivo, não me apago jamais

Fotossíntese no cerrado e na Mata de Cocais

Estou no verão equinocial do equador celeste

Invasivo clareamento no caminho das carruagens

Mergulho junto à sensação lendária da sereia

Penetrante aos olhos românticos cheios d’água

E nos abençoados lençóis ao corpo nu, em grãos de areia

Na cidade maior, brilho arquitetônico na cerâmica

Iluminando a história do folclórico boi sedutor

Forneço energia pra terra e pro alimento que sacia

À plantação fico suave feito carinho de filha

Um sonho abrasador enfeitiçando o amor da ilha

No interior ou na capital, fogo aceso no reviver historial

Fulgor radiante desenhado nos poemas da literatura

Estou nas festas, nas frestas e nas folhas das palmeiras

Onde o vento territorial é cálido e com assovio ligeiro

Espalhando as palhas verdejantes do coqueiro

Estrela nordestina nascida com o nome Sol

Pra sempre ser o clarão natural deste chão

Feito enredo luzindo telhados, teatros, janelas e canções

Altíssimo grito vermelho da multidão

Fúlgido orgulho. Eu sou o Sol do Estado do Maranhão

George Lemos
Enviado por George Lemos em 13/12/2012
Reeditado em 08/11/2013
Código do texto: T4033136
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