EPÍLOGO
*E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
— Olavo Bilac — Nel mezzo del camin... ,1888.
Na estradinha torta, indo ao longe,
onde prossigo lento e me carrego,
anda um menino (ele se esconde
em cada passo de um homem cego).
Presume-se um céu corroído onde
antes se pintava em azul o meu ego;
um céu tão baixo, que não responde
o anil imortal da ladainha que prego.
E nada mais há de aquarela adiante
a prolongar-me a estradinha restante:
nenhuma cantiga, após o céu, na curva.
E o menino dentro, sempre escondido,
leva um velho comigo, um desconhecido...
— Tão torto o céu sobre a estrada turva.
* Onofre Ferreira do Prado, poeta e exímio trovador recantista,
ao me fazer honrosa leitura mencionara o soneto clássico de Olavo Bilac.
Tal lisonja apressou-me destacar a epígrafe que ora valoriza
minha singela poesia.
*E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
— Olavo Bilac — Nel mezzo del camin... ,1888.
Na estradinha torta, indo ao longe,
onde prossigo lento e me carrego,
anda um menino (ele se esconde
em cada passo de um homem cego).
Presume-se um céu corroído onde
antes se pintava em azul o meu ego;
um céu tão baixo, que não responde
o anil imortal da ladainha que prego.
E nada mais há de aquarela adiante
a prolongar-me a estradinha restante:
nenhuma cantiga, após o céu, na curva.
E o menino dentro, sempre escondido,
leva um velho comigo, um desconhecido...
— Tão torto o céu sobre a estrada turva.
* Onofre Ferreira do Prado, poeta e exímio trovador recantista,
ao me fazer honrosa leitura mencionara o soneto clássico de Olavo Bilac.
Tal lisonja apressou-me destacar a epígrafe que ora valoriza
minha singela poesia.