UM AMIGO, UM CHINELO E UMA POESIA

A vida é muito engraçada

Faço questão de narrar

Um episódio interessante

Que pude presenciar

De atores um chinelo

Fifi, eu e o esmero

Pela arte de rimar

Eu estava trabalhando

Na lida do ganha pão

Um amigo que a tempos

Não lhe via no meu sertão

Chega vindo de e bem longe

E como se fosse de monge

Um chinelo chama atenção

Esse chinelo era feito

De pneu de caminhão

Montado a corte de faca

Na frente e atrás um manchão

Mas era todo invocado

Com uns detalhe bem transado

No mei subia um pinão

Mas voltando ao meu amigo

Que tem por graça Fifi

Felicissimo de nome

Um ilustre por aqui

Quando chega é uma festa

E pra nós só o que resta

E com ele se divertir

O amigo e o chinelo

Contanto o que se passou

Meu amigo fica doido

Com meu chinelo de ator

E me pede compra ou venda

Eu incheto com a imenda

É seu, calce por favor

Fifí sai com o chinelo

Na maior satisfação

Contando pra os amigos

Da sublime doação

E passando no outro dia

Com sinais de alegria

Mostra sua gratidão

E no meio da conversa

Me fala da experiência

Que tem com a poesia

Alegrando sua existência

E me mostra o Recanto

Meu imediato encanto

De um poeta a recompensa

Me mostrando lá seus versos

Em soneto e sextilha

Prosa ou composição

Tudo era uma maravilha

Quem num sabe é um seguin

Tava bem ali pertin

Essa doce armadilha

Mas agora que caí

Nessa nobre assapran

Agradeço a Fifi

Aquela feliz manhã

Felicissimo fiquei

Nesse Recanto sem rei

Das letras e seu afã

Parcélio
Enviado por Parcélio em 01/10/2012
Código do texto: T3910598
Classificação de conteúdo: seguro