UM AMIGO, UM CHINELO E UMA POESIA
A vida é muito engraçada
Faço questão de narrar
Um episódio interessante
Que pude presenciar
De atores um chinelo
Fifi, eu e o esmero
Pela arte de rimar
Eu estava trabalhando
Na lida do ganha pão
Um amigo que a tempos
Não lhe via no meu sertão
Chega vindo de e bem longe
E como se fosse de monge
Um chinelo chama atenção
Esse chinelo era feito
De pneu de caminhão
Montado a corte de faca
Na frente e atrás um manchão
Mas era todo invocado
Com uns detalhe bem transado
No mei subia um pinão
Mas voltando ao meu amigo
Que tem por graça Fifi
Felicissimo de nome
Um ilustre por aqui
Quando chega é uma festa
E pra nós só o que resta
E com ele se divertir
O amigo e o chinelo
Contanto o que se passou
Meu amigo fica doido
Com meu chinelo de ator
E me pede compra ou venda
Eu incheto com a imenda
É seu, calce por favor
Fifí sai com o chinelo
Na maior satisfação
Contando pra os amigos
Da sublime doação
E passando no outro dia
Com sinais de alegria
Mostra sua gratidão
E no meio da conversa
Me fala da experiência
Que tem com a poesia
Alegrando sua existência
E me mostra o Recanto
Meu imediato encanto
De um poeta a recompensa
Me mostrando lá seus versos
Em soneto e sextilha
Prosa ou composição
Tudo era uma maravilha
Quem num sabe é um seguin
Tava bem ali pertin
Essa doce armadilha
Mas agora que caí
Nessa nobre assapran
Agradeço a Fifi
Aquela feliz manhã
Felicissimo fiquei
Nesse Recanto sem rei
Das letras e seu afã