REFREGA
Minha terra querida
Encantos em cantos perdidos
Envolvida em pleitos e despeitos
Mal cuidada por nós, teus algozes
Enquanto a água dos rios corre
Cristalina e já ficando parda
Misturada pelos nossos venenos
Toda a sujeira não tarda
A te tomar como refém
A quem agora eu chamo
Para te dar um adjutório?
Pois sobram-te tapas
E faltam-te carícias.
Teus filhos ocupados em guerras
Disputas internas e tacanhas
Esquecidos que em tuas terras
Somos todos das mesmas entranhas
Que nos pariram alegres,
Cultos e destemidos
Aonde estão teus justos alaridos?
Vamos, soerga, não te entrega
Tens muito mais força e importancia
Do que essa reles refrega.
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Salvador-BA, 29-08-2012.