REFREGA

Minha terra querida

Encantos em cantos perdidos

Envolvida em pleitos e despeitos

Mal cuidada por nós, teus algozes

Enquanto a água dos rios corre

Cristalina e já ficando parda

Misturada pelos nossos venenos

Toda a sujeira não tarda

A te tomar como refém

A quem agora eu chamo

Para te dar um adjutório?

Pois sobram-te tapas

E faltam-te carícias.

Teus filhos ocupados em guerras

Disputas internas e tacanhas

Esquecidos que em tuas terras

Somos todos das mesmas entranhas

Que nos pariram alegres,

Cultos e destemidos

Aonde estão teus justos alaridos?

Vamos, soerga, não te entrega

Tens muito mais força e importancia

Do que essa reles refrega.

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Salvador-BA, 29-08-2012.

Alorof
Enviado por Alorof em 15/09/2012
Código do texto: T3883096
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