POEMA EM FORMA DE CORDEL

POEMA EM FORMA DE CORDEL

"Seu" doutor peço licença,

Sem nenhuma presunção,

Eu gosto de comentários,

Mas não peço nenhum não

Mas até um que me é dado

Eu guardo no coração.

Fico com o rosto vermelho.

Deve ser por timidez,

Deste povo NORDESTINO,

Que sofre de mês a mês,

Vive no sol inclemente,

E queimando a sua tez.

Chora ao ver as estrelas,

E da lua a palidez,

Chora com o chão estorricado,

E ao morrer sua rês,

São tantas as suas lágrimas,

Enche um rio de uma vez.

Pobre NORDESTE coitado,

Vive sempre ao Deus dará,

Vive com o pires na mão,

Pedindo aqui e acolá,

Sofre seu povo tristonho,

Pega fogo o Ceará.

Não existe nenhum porém,

Em chorar pelo meu chão,

Elas caem diluídas,

Na palma da minha mão,

As outras ficam por dentro,

Nas veias do coração.

Assim queridos poetas,

Do RECANTO da ilusão,

Não faço versos por votos,

Faço só por vocação

Se houver um comentário,

Agradeço a meu irmão.

Agradeço aos poetas,

E às poetisas também,

Que me tratam com carinho,

E eu gosto deles além,

Quando choro as minhas dores,

Eles não se sentem bem.

Por isto não peço voto,

Mesmo com esta humildade,

Se me dão um comentário,

Já sinto toda a bondade,

Dos colegas do RECANTO,

Meus amigos de verdade.

Poema dedicado a todos os NORDESTINOS, sofredores, humilhados, discriminados, espezinhados, mas bondosos e com a fé em Deus no coração. VIVA SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS DE CANINDÉ, protetor

dos humildes, dos pássaros e da natureza.

Este é o quarto poema que faço, publiquei e talvez tenha sido engolido

pela seca, pois sumiram. O conteúdo é o mesmo, mas os versos são outros, pois não guardei as cópias.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 13/09/2012
Reeditado em 09/07/2013
Código do texto: T3880120
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