PEGADAS

PEGADAS

Ainda mora nesta casa,

O som de tuas pegadas...

Em noites vazias, assombradas,

Elas vem me visitar.

Pisam lembranças guardadas

Pelos cantos do lugar.

Incomodam o silêncio

Com seus passos sedutores,

Só pra acordar as dores

Escondidas na platibanda...

Derrubam vasos de flores

Dispostos pela varanda.

Pedaço que já foi inteiro

Meio da mesma metade

Choro sem consolo

Que apelidei de saudade...

Nas noites que entras no rancho,

Gestos leves, pés de vento,

Revivo os momentos

Pelas frestas da memória

E o dono da luz do tempo,

Ilumina a nossa história.

Tua fala invade o quarto,

Teu perfume, “haaa... o teu cheiro

Enche a casa por inteiro

Com canela e alecrim,

E o teu sorriso trigueiro

É luzeiro para mim...

Fabio Prates
Enviado por Fabio Prates em 09/09/2012
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