Sul
A beira do Rio Grande,
Perdi-me na floresta,
Fiquei surpreso com tanta beleza,
Que nem mesmo,
Quando conheci o Sanguanel ,
Que pega as crianças,
Para dar mel,
Não vi maldade,
Mas que aprontava para,
Mostrar a realidade;
Fiquei com medo e assustado,
E foi quando procurei ajuda,
A de Sepé um índio valente,
Que com sua testa com lunar,
Guiava nossa gente,
Graças a ele temos hoje,
O cruzeiro do sul que,
À noite nos guia,
Mostrando o caminho,
E salva nossas vidas;
Quando avistei a cidade,
Ouvi um barulho e fiquei espantado,
Eu estava assustado e olhava para os lados,
Pensei que era o Guaçu-boi ,
Que com o tempo virou Boitatá,
E fiquei com medo dele me pegar,
Então peguei minha vela,
E pedi o negrinho do pastoreio me ajudar,
Então corri para ninguém me pegar,
Seja ele lobisomem ou Boitatá.
Depois de salvo na cidade
Tomei um chá de erva mate,
Que consegui graças a Yari,
Deixando-me forte,
Pois foi com muita sorte,
Que fui salvo aqui no sul,
E agora vou embora,
Procurar a princesa Moura,
Pois quando transformar em Teiniaguá,
Muita fortuna vai me dar.