OS ROMANCES DE MARIQUITA
No interior do Estado
Lá pras bandas do Sertão
Eu conheci uma cidade
Que tocou meu coração
Era linda e aconchegante
De um clima bem agradável
Lá o seu tipo de vida
Eu podia dizer que era saudável
Sertânia era o seu nome
Passei um bom tempo por lá
Conhecia quase todo mundo
Em todo canto, aqui e acolá
Conheci também a história
De uma garota bem danada
Namorava com todo rapaz
Em todo lugar era encontrada
Alegre e bem divertida
Mariquita é seu nome de batismo
Não podia ficar sem homem
Seu negócio era o romantismo
Namorou com João Pedro
Filho de Manoel da mercearia
Tinha um caso com Joaquim
Com ele conversava atrás da padaria
Zé Jando era um rapaz pobre
Que por ela tinha admiração
Mariquita porém não queria
Namorar com pobre não
Já Cirilo dela gostava
Queria até se casar
Mas ela lhe deu um não
Ser preto era seu azar
Há algum tempo atrás
Ela chegou a engravidar
Quando o bucho começou a crescer
O menino ela mandou matar
Queria vida de princesa
Homem só com dinheiro
Gostava mais de aparecer
Pobreza é coisa de fuleiro
E assim o tempo passava
O amor nunca conheceu
As rugas chegaram pra ela
Perdeu tempo e envelheceu