Santa Inês, cidade progressista do Maranhão
[POESIA HISTÓRICA]
Tem origem em Pindaré-Mirim, município a que pertencia
Com o produtivo Engenho Central, em 16 de agosto de 1884
Os mais antigos relataram: Funcionou até mil novecentos e dez
Uma Companhia agrícola pernambucana comprou: 90 contos de réis
Anterior à chegada de famílias que vieram do Piauí, Ceará e São Luís
Antes das Vilas e dos canaviais no Vale do Pindaré
Em meio às sombras dos babaçuais, surge a cidade Santa Inês
Onde predominava a Tribo dos índios Tupi-Guarani Amanajé
Pelo progresso de uma Companhia, se fez
Sobre trilhos, 105 acoplados vagões, da locação 14
Na histórica Via Férrea em quadras
Açúcar da cana, lavrada, 315 toneladas
Pelos privilegiados acessos rodoviários
Terrão dos Cararás, Guajajaras e Guajarás
Implantado processo corajoso sem descanso jamais
Riquezas naturais correntes pela Estrada de Ferro Carajás
Do Vale do Pindaré, és Princesinha
Por amor e calor à amada Terra
Teceu com pujança, ideais favoráveis
Com forte sustentáculo juvenil
Teu caloroso grau pode chegar aos 40
Onde o sol deseja ficar mais perto da rua
Acolhe misturas de povos empreendedores
Onde o incansável trabalho continua
Mesmo que ainda exista nos traços urbanísticos
Ofensas, dificuldades, desgastes e complexidades
Gritos e pelejas em lutas contra descasos
E indiferenças: coisas de cidade
Supera-se em cada geração que a constrói
Da arquitetura de outrora, tida como desconhecida
Ergue-se e renova-se em cada novo pilar
E sobrepõe-se pela veemência aguerrida
Diz o resultado: Um dos Melhores Carnavais do Estado
Com a alegria do Santa Inês Folia
Nos festejos juninos, a magia contagia
Com o folclórico boi-bumbá, peculiar cultura popular
À frente, somente São Luís e Imperatriz
Ainda tens o chamego carinhoso
De muitos amores encontrados
Nos bancos da Pracinha da Igreja Matriz
Quanta beleza homogênea!
Da geografia entre a Amazônia e o Sertão
Foi destino procurado pelo povo nordestino
Que constituiu a demografia econômica
Onde noticias são emergentes no cêntrico Maranhão
Aplausos para as comunicações sociais crescentes
Município progressista pela força agricultável e comercial
E pelo futurístico Distrito Industrial
Entre plantações de cana, uma primitiva Vila se fez povoação
Ora denominada Ponta da Linha e depois Conceição
Palmeirais e casas antigas de Senhores escravistas
Com desbravamento em 1879
Em 1883, evolução alavancada com braços fortes
Março, em 1967: 14 é o dia, da conquistada autonomia
Coincidível este, (UNESCO-Paris,1999), o Dia Nacional da Poesia
Raizame de delícias do agro plantado
Do prato emblemático e regional arroz de cuxá
Azedinha vinagreira oriunda da África
Olha o cuscuz! Tem farinha d’água na feira costumeira
Originais e exóticas frutas murici, bacuri e buriti
Exuberante Juçara, o açaí amazônico, fruta rara
Artesanatos de argila. Vem do indígena, a embriagante tiquira
Contém deleitosos sabores: pecuário, peixe, galinha caipira
Da igreja católica, a devoção
Santa apiedada, Inês cobiçada, por rara beleza
Mártir em Roma, levada a julgamento
Patrona da castidade, dos jardineiros
Das moças, noivos, vítimas de violação e virgens
Aparecida em glória, virtude e riqueza
Na imagem, a flor lírio
E um cordeiro, símbolo da pureza
Em cada voto abençoado
Santa Inês foi consagrada padroeira do povoado
Da festeira e tradicional vaquejada
É de aço beneficente, a grandiosa Siderúrgica trabalhista
Povo santainezense motivado pelas atividades produtivas
Gentios de uma cidade amada, tropical e desbravada
Santa cidade com a referencial bifurcação das “Laranjeiras”
Da velhice sabedora, do jovem bonito e da boemia nas noites inteiras
Salve todos os artistas, e artesãos com o barro na mão
Pintores de tela, do feminismo na passarela
Povo concentrado e perspectivado à ordem e progresso
Saudações à Avenida da Amizade
Tem a Rua do Comércio que já foi Rua da Boiada
Outrora itinerário percorrido por carroças de boi
Saudade dos encontros na Praça da Saudade
Nos bons tempos que foi
Atrativa orla do Rio Bambu
Adocicadas águas vizinhas da Praia do Açúcar
Vale adornado pelo manso Lago Remanso
Tuas Várzeas, Sítios e Fazendas têm mais flores
De surgimentos originais em torrões indígenas
Da cultura de algodão, arroz, milho, mandioca e feijão
Deveis gratidão ao panorâmico ineditismo Estado liberal
Pelas plantações de cana-de-açúcar do expressivo agroindustrial
Pela Estação, é no vagão do trem que o minério vem
Em rastejos lentos, retos ou tortuosos e também ligeiros
Oh cidade santa ! Sim também, para as diversidades na religião
Dos gorjeios encantados da passarinhada
Estações belas quando outono, inverno, primavera e verão
Salve Santa Inês, onde se resguarda o novo e o velho
Com romantismo verdejante e chuvoso em terra vermelha
Progressista cidade de um clima tão cálido feito centelha
(fim)
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Cultura regional
NO MARANHÃO TÊM
A LENDA DO BACURI
“A lenda indígena que fala:
Àqueles que provam o bacuri
convém dar as costa à Lua
Para que ela não se zangue
prejudicando a safra da fruta”
SONHO COR DE ROSA
“Onde o sonho tem a cor de rosa do guaraná Jesus, refrigerante de sabor tutti-frutti e bem adocicado, lembrando vagamente cravo e canela, com cheirinho agradável. É um dos símbolos de sua gente. Foi inventado por acaso em 1920, quando o farmacêutico Jesus Norberto Gomes errou a fórmula de um medicamento. Hoje, a marca pertence à Coca-Cola, mas a venda, para manter a tradição, é restrita ao Estado."
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