SEVERINO “X” VIRGULINO
O “X” como “versos” fosse,
mas não acreditem não,
do Virgulino confesso,
cabra bom, grande irmão.
Nem pensar em combater,
homem de bom coração,
viril no meu entender,
em cada gesto e ação.
Em Caruaru na feira,
filho de Deus me contou,
de maneira bem arteira,
as igrejas frequentou.
Basílicas visitava,
sempre de branco vestido,
assistia missa... Rezava,
pra se sentir garantido.
Nascido em Vila Bela,
filho de José ferreira,
vendedor de bagatela,
e de Maria Oliveira.
Noventa e sete nascido,
noventa e oito quem sabe?
Em mil oitocentos idos,
vinte anos pegou o sabre.
Grande revolta atrai,
qual feriu seu coração,
policia matou seu pai,
vingança a solução.
Pra atirar bem mais rápido,
o seu fuzil alterou,
esse caso foi de fato,
seu sonho realizou.
Cano logo aquecia,
era a grande sensação,
uma luz aparecia,
bem igual um lampião.
Assim ficou conhecido,
pelas suas caminhadas,
valente e atrevido,
filho de Serra Talhada.
O Virgulino Ferreira,
todo sertão conquistou,
bom no sabre e peixeira,
os seus pais ele vingou.
Esta poesia faz parte do livro a ser lançado brevemente:
Severino de Vevé - O Contador de Causos.