Menina do Cabelo de Fuá
Esta menina lá da Cidade Verde,
que pousa de borboleta mimada.
Mas na sala de aula, de borboleta mermo,
só tem asa pra vuar.
Diz que é cantora, qui imita Elis.
Quero vê mermo, é quando vai cantar!
Nem lavou a boca na água do Véio Monge,
i ainda fala do poeta do Sertão, do seu povo,
da sua terra e do seu Deus Jeová.
Num sei não, diz qui quem difaiz quer comprar.
É o ditado do meu povo, qui é sabido pra daná.
Posso até ser poeta cadente, ser o João do Baluá,
mais num quero ser mermo é a
Menina do Cabelo de Fuá.
Ps: Poesia em resposta à poesia João Guerreiro de Baluá